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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

that's not my name


sinfonia
Significado de Sinfonia

s.f. Música Desde o séc. XVIII, composição musical para orquestra, em forma de sonata, dividida em três ou quatro partes (alegro, andante, scherzo ou minueto e final ou rondó). (Antigamente, o termo sinfonia designava uma composição para um conjunto de instrumentos.)
Concerto de instrumentos.
Fig. Toada harmoniosa, harmonia, melodia: uma sinfonia de cigarras.

sonho
Significado de Sonho

s.m. Associação de imagens, frequentemente desconexas ou confusas, que se formam no espírito da pessoa enquanto dorme.
Fig. Ilusão, fantasia, devaneio, utopia: o sonho acabou.
Coisa vã, fútil, que se esvai: a vida é um sonho.
Idéia acalentada, ideal: o sonho da liberdade.
Desejo intenso e vivo.
Visão sobrenatural.
Bolo de farinha e ovos, muito fofo, e revestido de açúcar.
Parecer um sonho, ser tão extraordinário que é difícil de acreditar.

sinfonia sonho

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SINFONIA SONHO

Cosmogony

Björk

Heaven, heaven's bodies
Whirl around me
Make me wonder

And they say back then
Our universe was an empty sea
Until a silver fox and her cunning mate
Began to sing a song that became
The world we know

Heaven, heaven's bodies
Whirl around me
Make me wonder

And they say back then
Our universe was a coal-black egg
Until the god inside burst out
And from its shattered shell
He made what became
The world we know

Heaven, heaven's bodies
Whirl around me
Make me wonder

And they say back then
Our universe was an endless land
Until our ancestors woke up
And before they went back to sleep
They carved it up into
The world we know

Heaven, heaven's bodies
Whirl around me
Make me wonder

And they say back then
Our universe wasn't even there
Until a sudden bang
And then there was light, was sound
Was matter and it all became
The world we know

And heaven's bodies
Whirl around me
A dance eternal

 

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ref. indu

isa e marina,

uma amiga certa vez, ao me ouvir falando de nossa peça, disse que a primeira coisa que lhe veio à cabeça foi o filme VALENTIN. hoje depois de nossa conversa, sua opinião me fez sentido. segue abaixo poucas imagens desse filme. serve para pensarmos o atemporal, já que ele é completamente localizado num tempo. temos que desbravar essa noção de tempo. no mais, é seguir especulando e traçando tentativas.

o que significa estar fora do nosso tempo? estar fora do nosso tempo quer dizer estar fora da moda? humm… precisamos ler O QUE É O CONTEMPORÂNEO? do Giorgio Agamben. vou levar para nós todos.

bjos,

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ref. cenografia


02holl-6006a00d8341c78bf53ef00e54f5610118833-640wi124ROBERT WILSONRobertWilson

leandro,

são fotos de montagens dirigidas pelo robert (bob) wilson. me chamam a atenção pela moldura. pela iluminação (sempre). sua cenografia (não sei quem assina, creio por vezes que seja ele) está sempre muito emaranhada à iluminação. gosto do uso das formas. gosto de como a luz cria formas com o próprio corpo (como na última foto).

são fotos quase que aleatórias. mas em todas é possível localizar uma maneira muito específica de se lidar com volume, forma e luz. enfim,

é seguir.

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sobre o título

queria saber qual vai ser. essa noite sonhei bastante com PEÇA DE FORMATURA. quer dizer, sonhei entre acordado e já dormindo. naquele meio do caminho onde as possibilidades, mesmo as impossíveis, se anunciam com força para acordar o amanhã seguinte.

eu não sei. penso em PEÇA DE FORMATURA e algum gesto delicado se anuncia. quer dizer, todo o drama, toda a coisa parte por conta disso. vamos por parte: célia se matricula numa nova escola e das coisas todas que mais chamam a sua atenção esta esta: qual peça de formatura faremos para encerrar o ano letivo? kevin da mesma forma aguarda ansioso, porém discreto, por saber qual teatro encerrará seu ano letivo. e o que fará nele? a presença do teatro como ferramenta de construção e criação não somente da ficção mas da própria vida. um mundo, país, comunidade na qual esta experiência tivesse força e mais que isso, já fizesse parte da ousadia que é o virar dos dias.

seguindo: eva e franklin também nisso tomados. sobre a educação dos filhos, sobre os seus anseios e vontades. sobre seus pequenos dramas escolares. sobre a possibilidade de fazerem da vida espaço de ensaio, espaço para tentativas (vãs?) e atos (vagos?).

não me convenci ainda. fiquei então pensando em tomas. filho de moira e corley que a princípio talvez fosse da mesma turma da qual kevin agora faz parte. será que tomas tinha um papel que agora será suprido pelo novo aluno (kevin)? será que isso importa? será que estou forçando a barra?

fico pensando em bricolagem. fico pensando nesse somatório que se permite fazer sentido (algum sentido) lá na frente, a posteriori. não sei ainda qual. mas me parece que o nome PEÇA DE FORMATURA se anuncia também como a minha peça de formatura. e não é isso. isso não importa. é pista falsa que engole em si essa pequena analogia (possível), mas pouco interessante. óbvia.

quero dizer: peça de formatura assinando a importância das peças na formação de nossas crianças. a importância da formação. o que damos ou suprimos da formação de tais crianças e que faz falta? podemos pensar que é só uma peça. um pedaço. e isso não é pouco.

peça de formatura. peça destinada à formação. quer dizer: sem ela não se formará por completo. sem esta peça a formação resta prejudicada. quer dizer que passar por isso, por essa etapa, é tido como importante, determinante, necessário. é preciso passar por essa etapa, por esse terror, por essa criação. é preciso passar por este espaço/tempo em que somos agentes criadores, em que criamos aquilo que a vida talvez não seja, mas que pode ser, em jogo, pela magia do jogar(-se).

não sei. sigo pensando. ainda não todo convencido. talvez seja este nome – PEÇA DE FORMATURA – um nome ruim. talvez não seja nada disso. mas me parece, ao mesmo tempo, um nome capaz de falar da situação das crianças. era só isso que estava em jogo. a possibilidade de criarem, por suas próprias mãos, alguma possibilidade outra para si próprias e para seus mundos.

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Próximos Ensaios \\

SETEMBRO

TERÇA 27/SET 17H/22H COLÉGIO ANDREWS - Kevin e Célia
QUARTA 28/SET 19H/22H COLÉGIO ANDREWS - Eva e Franklin
QUINTA 29/SET 19H/22H COLÉGIO ANDREWS - Corley e Moira
SEXTA 30/SET 20H/22H UFRJ (S. VIANINHA) - Todos

OUTUBRO

TERÇA 04/OUT 19H/22H COLÉGIO ANDREWS - Eva e Franklin
QUARTA 05/OUT 19H/22H COLÉGIO ANDREWS - Corley e Moira
QUINTA 06/OUT 19H/22H COLÉGIO ANDREWS - Todos
SEXTA 07/OUT 19H/22H COLÉGIO ANDREWS - Todos

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

10 \\


08 de setembro, Colégio Andrews, 20h/22h.
Thaís, Dan, Virgínia, Laura, Andrêas, Marcio, Adassa.

Estipulamos que cada composição deve ter, em média, 4 minutos. Paramos algumas vezes entre as composições para estabelecermos o que ainda não tinha se acertado.

00. CINTO DE SEGURANÇA (20h33)

01. e 02. (CÉLIA 04 + KEVIN 01) + (KEVIN 04) (20h35)
- a brincadeira de Célia, com folga nas falas para o diálogo de Kevin com Cristina;
- a associação de um dos pedaços de papel de Célia à morte de Cristina, o barulho de sua queda misturado com o grito de Célia;
- choro de Célia, Kevin tapando seus olhos e logo em seguida a descrição do salão principal do casarão;
- papéis da brincadeira de Célia espalhados pelo chão;
- Kevin e Célia se sentam nas cadeiras do CINTO DE SEGURANÇA.

03. FRANKLIN 03 + EVA 04 (20h40)
- Franklin e Eva discutem nos lugares do CINTO DE SEGURANÇA, Kevin e Célia entre eles;
- Eva se despede de Franklin, que sai, e revela a aula de harmonia do lar e sai;
-continuação do resto da composição KEVIN 04 no diálogo entre Kevin e Célia, "Cristina, música!", saem.

04. MOIRA 03 + CORLEY 03 (20h44)
- Corley posiciona a sacola com o vestido, música de Corley, Moira cantarolando para a barriga;
- tentativa de Moira colocar o vestido;
- bexiga que estoura, pedaços que caem, e que Moira tenta comer.

(Pausa 20h49)

05. EVA 04 + FRANKLIN 04 (20h52)
- outro lado da sala vianninha;
- dois planos diferentes;
- Franklin permanece sozinho com seu texto, no escuro;
- Eva chega, chama por Franklin, acende a luz, vê que está sozinha, coloca música;
- composições simultâneas;
- chama por Franklin diversas vezes, sem resposta. Sai chamando por Franklin.

(Pausa 20h58)

CÉLIA 03 + CORLEY 04 (21h08)
- Corley busca os personagens e os dispõe sentados em roda do outro lado da sala vianninha (o do praticável);
- Corley arruma as cadeiras (do CINTO DE SEGURANÇA) no espaço e posiciona os personagens;
- chama Célia e Kevin para ajudar nos recortes das revistas, oferece Coca-Cola;
- senta em uma das cadeiras, Célia levanta e vai até ele, texto do macaquinho, Corley como a placa de acrílico. Kevin permanece nos recortes;
- Célia volta para os recortes, Corley traz o cartaz para a colagem;
- Corley traz Moira, dança de Corley.

(Pausa 21h15)

07. MOIRA 04 (21h24)
- ruptura (todos saem, exceto Moira);
- Moira sozinha começa a cantar, tenta trazer Kevin com as balas;
- Kevin desconfiado, vai com resistência;
- "Tudo que corre...";
- Moira faz Kevin deitar em seu colo;
- Kevin sai, arremessa balas em Moira;
- Moira resta sozinha, e permanece em silêncio;
- quando Kevin a atravessa para descrever seu quarto, Moira sai cantando.

(Pausa 21h29)

08. KEVIN 03 (21h34)
- Kevin descreve seu quarto;
- deita/conta/"Mãe, eu preciso virar música?!";
- vai para a janela "Eu não vou pular não.../não tenho medo, o medo que me devora tá aqui dentro";
- menino "toca um piano pra mim";
- encosta a cabeça na janela.

(Pausa 21h37)

09. DISCURSOS VERBAIS (todos) ARTICULADOS (21h50)
- personagens dispostos em diferentes lugares do espaço;
- ruído de todos narrando ao mesmo tempo, enquanto Moira tenta encher as bexigas;
- quando a bexiga estoura alguém inicia um fragmento escolhido, seguido de outro personagem, e assim por diante. Até que a bexiga estoura novamente, sem uma delimitação de tempo/bexigas concreta, deixando de acordo com que sentirem necessidade.

9 \\


07 de setembro, Casa da Laura, 19h/22h
Thaís, Laura, Adassa, Andrêas, Dan, Virgínia.

Tentativa de resgatar o que há de interessante nas composições citadas no Roteiro Geral para Composição e como elas podem ser articuladas conjuntamente.

00. CINTO DE SEGURANÇA

01. CÉLIA 04 + KEVIN 01
- universo das duas crianças;
- Adassa conta que sua composição CÉLIA 04 foi trabalhada no acaso em que ela tirava os pedaços de papel com as palavras;
- associação de um desses pedaços de papel à morte de Cristina.

02. KEVIN 04
- composição conectada com a anterior, como se fosse uma única;
- a descrição do casarão;
- o diálogo entre Célia e Kevin sentados, nos mesmos lugares em que eles estavam no jogo do CINTO DE SEGURANÇA.

03. FRANKLIN 03 + EVA 03
- início da composição ainda sentados nos lugares em que estavam no jogo do CINTO DE SEGURANÇA;
- reclamações de Franklin sobre a cidade, "mas tem um Subway, né?";
- discussão entre os dois (presente em EVA 03), sem o roteiro em mãos;
- revelação da aula de harmonia do lar feita por Eva, para os personagens.

04. MOIRA 03 + CORLEY 03
- corte na composição CORLEY 03 em que ele se arruma para Moira;
- Laura conta que sua idéia inicial era de encher a bexiga que fica em sua barriga de gás hélio, para que subisse e voasse;
- surgimento de algumas questões: Corley sabe que a gravidez de sua esposa é falsa, e entra no mesmo jogo? Ou não? De que "fossa" Corley tenta tirar Moira? Thomas existiu algum dia, realmente? "Um casal que deixa o filho voar...";
- o vestido de casamento que estoura a bexiga na barriga de Moira;
- Moira está desde o CINTO DE SEGURANÇA com a bexiga na barriga;
- Moira e a tentativa de comer as bexigas, no caso, a placenta, frente ao desespero. (Andrêas conta que isso é uma prática comum de mulheres do interior. NOTA: http://tinyurl.com/3hnxv2v)

05. EVA 04 + FRANKLIN 04
- as duas composições chamam a atenção de todos para a sensação dos dois personagens de "não se caber";
- também chamam a atenção as divergências entre os dois estados de composição (todos lembram dos pulos de Eva, mas Virgínia lembra que Eva desaba logo após);
- uso da sala vianninha em dois lados, com a platéia no meio, sendo esta composição do lado oposto (o da porta);
- simultaneidade das composições de Eva e Franklin: sugestão de Eva e Franklin lado a lado separados por espaços delimitados com fita crepe, ou em dois planos diferentes. Ficamos com a segunda;
- Franklin no escuro, texto, quedas. Entrada de Eva, que coloca a música Feeling Good;
- Eva chamando por Franklin, e ele não responde.

06. CÉLIA 03 + CORLEY 04
- volta ao outro lado da sala vianninha (o do praticável);
- a placa de acrílico de Célia vira o "Tio Corley", texto do macaquinho;
- a confecção do "presente mais especial de todos" com a ajuda de Célia e Kevin continua, assim como a participação dos outros personagens.

07. MOIRA 04
- mantém-se a composição original;
- "era uma casa muito engraçada, não tinha teto..."

08. KEVIN 03
- a ser definida com Marcio no ensaio 10\\.

09. DISCURSOS VERBAIS (todos) ARTICULADOS
- sugestões levantadas: todos enfileirados, cada um com seu lugar no espaço, não se comprometer com o discurso verbal integral, escolha e repetição de algum gesto que ficou perdido, contaminação desses gestos, escolha dos VP a serem trabalhados,...
- a ser fechado no ensaio 10\\.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

ROTEIRO GERAL PARA COMPOSIÇÃO A SER APRESENTADA SEXTA-FEIRA (09 DE SETEMBRO) ÀS 21h NA SALA VIANINHA


01. CÉLIA 04 + KEVIN 01
02. KEVIN 04
03. FRANKLIN 03 + EVA 03
04. MOIRA 03 + CORLEY 03
05. EVA 04 + FRANKLIN 04
06. CÉLIA 03 + CORLEY 04
07. MOIRA 04
08. KEVIN 03
09. DISCURSOS VERBAIS (todos) ARTICULADOS

Segue abaixo descrição dos pontos, para mim, determinantes de cada composição listada acima:

01. CÉLIA 04 (a brincadeira, a colagem de papéis, jogos, falas, discursos) + KEVIN 01 (o diálogo com cristina, a morte de cristina)

02. KEVIN 04 (o jogo entre célia e kevin, o parecer sobre os pais, a relação entre os irmãos)

03. FRANKLIN 03 (o descontentamento com a cidade, a coisa toda com a comida, o diálogo truncado com eva, alguma irritação mais contida e explícita nas palavras e não no corpo) + EVA 03 (a relação com o marido, o uso do marido para lidar com as exigências do trabalho, a metalinguagem do curso seminário palestra sobre boa relação familiar);

04. MOIRA 03 (o desespero na tentativa de estar grávida, de suprir a falta de tomas, o estar sozinha tramando tentativas) + CORLEY 03 (a surpresa de corley ao tentar tirar a esposa da fossa na qual se encontra, a sedução, o amor dos dois em crise pela dor da perda, o acaso do vestido que não cabe);

05. EVA 04 (a ação paralela de eva se sentir vencedora enquanto ao lado, no quarto ao lado, na mesma casa, o marido está definhando) + FRANKLIN 04 (a incompreensão ou talvez, a incapacidade de aceitar o câncer que engoliu o pai, o sentir-se menor e reduzido, o câncer que é a falta, que é a presença irrevogável da morte);

06. CÉLIA 03 (o auto-convencimento de que ser diferente é tranquilo, a coisa do tapa-olho, a aceitação do irmão daquela condição, a tentativa de se sentir tranquila sendo aquilo que se é e a aparição do vizinho) + CORLEY 04 (que atrai as crianças para um jogo, para um contato possível, para um amenizar da realidade pela relação leve lúdica e criativa);

07. MOIRA 04 (e o ato não-pensado ou desesperado ou ao mesmo tempo milimetricamente calculado de se aproximar do filho dos outros, kevin);

08. KEVIN 03 (o recolhimento, o seu mundo, o quarto, as impressões e a janela, o ter medo e o não ter, o menino vizinho que pede a ele que toque um piano);

09. DISCURSOS VERBAIS (todos) ARTICULADOS (um somatório indefinido do massacre na escola, das ações, dos pormenores, do filho que se foi num balão e do fim da composição geral, proporcionado pelo discurso verbal de Célia sobre o sentimento estranho e sem nome por conta da percepção de Célia sobre o irmão, Kevin).

>>

Esta composição deve começar com os seis sentados nas cadeiras, como no jogo CINTO DE SEGURANÇA. A combinação de duas composições formatará uma nova, resultante da soma das duas individuais. É preciso estar atento ao tempo e realizar escolhas, efetuar cortes e intencionar as durações. Não quer dizer colocar tudo. Quer dizer refletir e optar por escolhas que expressem essa sequência de acontecimentos, de estados, de ânimos e ritmos.

A duração mínima é de 20 minutos. A duração máxima é de 40 minutos.

Vocês tem os ensaios 09 \\ (quarta, 20h/22h, colégio andrews) e 10 \\ (quinta, 20h/22h, colégio andrews) para trabalharem juntos. Eu não estarei presente em nenhum destes. Nos vemos apenas no ensaio 11 \\ (sexta, 20h/22h, UFRJ – sala vianinha).

Neste ensaio (11 \\), apresentaremos a composição a orientadora Eleonora Fabião.

Divirtam-se.

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domingo, 4 de setembro de 2011

noticia de jornal: CELIA receptora + CORLEY emissor

Ferramenta VP: GESTO


Este primeiro encontro com Corley surpreendentemente (num bom sentido) materializou a determinacao de Diogo quanto `a amizade entre os dois. Corley de cara apostou, com Celia que nunca viu, um incrivel jogo dos gestos, das mimicas, da brincadeira de adivinhacao. Celia compra com gosto a proposta do estranho do olhar aconchegante a amigavel, ao que pode se permitir ter a idade dele porque ele investiu em ter a dela - gestos de confianca. Acreditei na cena pelo seu potencial lugar comum e leviano, valiosissimo dentro da nossa tragedia.

noticia de jornal: CELIA emissora + KEVIN receptor

ferramenta VP: RELACAO ESPACIAL


Neste jogo o que fez sentido pra mim foi estabelecer distancias mutaveis entre os dois corpos. Investimento na brincadeira dos nomes estrangeiros que encontrei na reportagem: o jornal erra o nome de um russo tres vezes, de modo que 'e impossivel estar certo do verdadeiro nome. Apostei na espontaneidade da brincadeira, na sinceridade entre os dois irmaos criancas. Celia e Kevin sao muito cumplices por fazerem parte do mesmo universo.

Quanto ao meu encontro com a Celia, acho que a primeira frase foi uma coisa. Gosto da ideia de pontuar a fala dessa forma (1). Acredito que este seja um momento de organizacao pra ela, uma vez que sao muitas coisas. Esse estabelecimento se faz necessario para localizar as divisoes entre os fragmentos que constituem Celia.


(1) Isso retornou nesse exercicio, percebi que j'a trouxe essa expressao noutra composicao como segunda coisa (seguido de todinho "Shefa").








*desculpem a falta da acentuacao.

sábado, 3 de setembro de 2011

8 \\

30 de agosto, Colégio Andrews, 18h/22h
Diogo, Thaís, Andrêas, Adassa, Dan, Márcio, Laura e Virgínia

ANDAMENTO ESPAÇO
a forma nem sempre tem a ver com a batida. pode-se ter várias maneiras de andar em que o batimento é o mesmo;
é incrível ver os corpos parados esperando pelo andamento da música que começa lentamente e em fade in;
próxima etapa: descobrir maneiras distintas de marcar um mesmo andamento;

ALVO
como ocupar o espaço do outro e não um espaço próximo ao do outro?;
o jogo precisa restar com um “nicho” vazio, que pode ser preenchido a qualquer momento se quisermos;
dizer ao alvo o nome do alvo;
dizer ao alvo o seu nome próprio;
dizer ao alvo o nome de outro personagem (que não o seu, que não o do alvo);
de que maneira tornar o jogo possível? os atores não ousaram mudar o andamento para uma batida menos intenso (que permitiria que tivessem mais tempo para entenderem o próximo alvo);

PROPORÇÃO KINESTÉTICA
1 no cabelo: 4 andando
1 no cabelo: 1 na camisa: 3 andando
1 no cabelo: 1 na camisa: 1 na calça: 2 andando
1 no cabelo: 1 na camisa: 1 na calça: 1 no braço: 1 andando
que estratégias usar para deixar claro sua ação?
como não dar pistas falsas?

CINTO
moira rabo de cavalo alto;
eva cansada;
célia dispersa e em todos concentrada;
kevin olhando de lado, pés tortos;
célia é grossa com a mãe;
célia sibila coisas;
célia e kevin se divertem;
corley assiste tv;
kevin rói as unhas diante da tv;

NOTÍCIA DE JORNAL + INTERLOCUTOR + VP

CÉLIA >>> KEVIN (relação espacial)

célia - uma coisa: jornal. o globo. quinta-feira. eles não sabem escrever nenhuma palavra. só porque a palavra é russa.

kevin – você sabe russo?

célia – a primeira vez que ela aparece

samba orkut

samokutiaievi

é um nome russo. ele aparece algumas vezes, entendeu?

kevin – célia, eu não tô entendendo nada que ce tá falando.

célia não pode não ter acento, porque tem. sendo que no final da reportagem não dá pra saber o nome da pessoa. cosmonauta. astronauto.

tchau! (e sai)

KEVIN >>> EVA (repetição)

kevin apaga a luz sem querer, vem esfregando a mão na parede

kevin – que que é molécula, mãe?
eva – molécula é uma forma celular.
kevin – celular?
eva – não.
kevin – sabia que essa caixa que a gente trouxe tá cheia de poluente? cheia de poluição?
eva – folhinha moída, poeira das coisas, tem a poeira que pegou na estrada, mofo da roupa, tem coisa. pára. mãe, sabia que na roça pode ter mais poluente que na cidade. quando queima canaviaval. fuligem.

GESTO > entraentraentra…pulmão.

vc tá chata! SAI CHAMANDO POR CÉLIA.

EVA > FRANKLIN (resposta kinestética)

franklin - que foi, amor?
eva - vc viu a noticinha de jornal que tava aqui?
franklin – uma tirinha de papel
eva – eu recortei, eu ri, eu gostei, eu tô ficando louca, não foi você
franklin – tô dizendo
eva – eu tô ficando louca?
franklin – louca louca louca louca não!

FRANKLIN > MOIRA (duração)

franklin – tá frio, né? o que realmente mais me impressionou foi o tratamento que a imprensa deu.
moira – como é que a gente sabe desse negócio
franklin – eu tô rindo porque é engraçado, é trágico.
moira – eu tava com uma tosse. será que eu tô com esse negócio?
franklin – alguns casos de linfoma começam com tosse.

MOIRA > CORLEY (arquitetura)

pela portinhola, moira olha corley
moira (entrando) – oi. que foi? posso te fazer uma pergunta? você vai responder mesmo? posso? posso perguntar? mas só vale se você responder mesmo. se você quisesse muito mesmo, se você quisesse muito uma coisa, mesmo muito, o que que você seria capaz de fazer pra conseguir aquilo que você quer?
corley – não sei. responde.
moira – responde você.
corley – o máximo que eu puder. desde que ue não mate ninguém.
moira – eu tô te perguntando, eu li, no jornal, que tem um indiano, que resolveu fazer greve de fome, ele resolveu parar de comer pra conseguir que, era pra, pra acabar a corrupção no país dele
corley – bonito. um monte de gente passou fome pra conseguir
moira – ele diz inclusive na reportagem que ele é capaz de morrer. e ele só vai comer quando ele, sei lá, porque tem uma multidão, centenas de pessoas que estão paradas no lugar que ele tá, ele não come há dez dias
corley – mas por que você perguntou? eu passaria fome sim.
moira – pra quê?

silêncio.

moira - mentira não acredito. também não.

CORLEY > CÉLIA (gesto)

meu filho tá viajando.
pra onde?
gesto expressivo
tomas. 7.
27?
7.
que que você gosta de fazer pra se divertir?
gesto expressivo
eu gosto de brincar de mímica.
jogando o pêlo pra trás é pelo contrário
você precisa saber comparar as coisas.
e esse daqui é muito pelo contrário.
eu trabalho num lugar, trabalhava, que tinha muito assaltante
na delegacia?
no senado. adivinha.
num banco?
eu trabalho num lugar, trabalhava, a gente emmpresta dinheiro mas pede coisa em troca.
numa venda.
mais ou menos. é um banco, mas não é um banco. a gente empresta dinheiro
qual é o seu nome?
corley!
ah! corley?!
tchau! estridente!

FLUXO TEXTUAL + DEPOIMENTO + VP

CÉLIA

tem um quê de desafiadora. gesto. chora. nem sei. o que dizer. deus. imerso, kevin impressiona a irmã com o seu relato sobre virar música. ela mistura os assuntos. do professor mais bonito. do que sente. do que kevin sente. depois fala de como dormiu.

KEVIN

entra lento e desconfiado. tem um quê de auto-desafiador. repetição, talvez. cabeça que marca os movimentos. sublinhar de palavras. mãos ao longo do corpo. enfim. dormiu pesadamente.

EVA

lenta, olha a porta. a fecha com calma. eu gosto dessa voz mais grave. eu lembro. arquitetura. sons da sala ao lado, ou acima, tornam a coisa ainda mais interessante. acoada. rastejante.

FRANKLIN

mais ágil. fecha a porta de costas. duração. é disso que eu me lembro, desse dia. estático, no centro. gestos largos, para fora do corpo. coça o nariz. torna-se quase um suspeito ao falar que não se lembra da esposa, de ter apenas saído da escola com as crianças.

MOIRA

desejo nenhum pelo presente. queda no chão. riso. silêncio. dedos. mãos. gestos expressivos. mudança de plano. agilidade com que troca de um espaço sutil e evolui para um brusco. meu filho. repetição. dos gestos. não há dor escorrendo. tá concentrada. eu queria entender o que tava acontecendo de verdade. eu acho.

CORLEY

estático. mãos no centro do corpo, fechadas em si. silêncio, longas pausas, longa duração entre tudo. não me lembro mais, ele afirma. narra o acontecimento com total controle e calma. mas nos silêncios algo se esconde. como fazer esse algo escorrer para fora?

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Corley - Célia - Jornal

Corley entra em cena e vê Célia de costas, brinca de se esconder atrás dela e ela vai girando com ele se escondendo atrás dela. Até que ele, abaixado, pronuncia o nome dela. Ela se vira para ele e e se assusta com o desconhecido e ameaça sair. Ele a segura dizendo que sabe seu nome e de seu irmão, sabe que são os seus novos vizinhos e ela vai desistindo da ideia de ir embora. Sinceramente não me recordo como se chegou a brincadeira da mímica, sei que tentei fazer o jogo do gesto cotidiano e do gesto expressivo, amarrei meu casaco na cintura e brinquei de descortinar a frente como se estivesse mostrando meu sexo, na intenção ridícula de ilustrar o que aconteceu no caso DSK (onde o ex-diretor do FMI foi acusado de tentar de estuprar de uma camareira em um hotel nos EUA). Frustrado pela tentativa mal sucedida e atordoado por perceber a dificuldade de contar sobre tal notícia a uma criança de 7 anos, sem querer, acabei colocando em jogo a informação que me pareceu mais interessante: A profissão de político e ex-diretor do FMI. Em um dado momento ela pergunta se ele tem filhos ele diz que tem e ela pergunta onde ele está, ao que Corley responde que viajando fazendo um gesto com os braços para o alto que define e não define ao mesmo tempo o lugar onde se encontra este filho. Ela tb propôs umas charadas e ele não acertou. foi engraçado. Não sei pq, mas já entrei com um certo encantamento por Célia e me senti um pouco psicopata por conta da reação negativa que Célia teve de início. O fim do jogo foi súbito, ela deu um "tchau" e saiu da sala como havia feito em seu encontro com Kevin. Sinceramente não me recordo de mais detalhes.:(

Moira - Corley (Jornal)

Moira, do lado de fora, olha p dentro da sala através do vidro. Entra e eles se olham por um tempo. Sentam um ao lado do outro do lado grudados nos canos de uma das paredes da sala. Ela pergunta a ele até que ponto ele iria p conseguir algo que quisesse. Ele diz que não faria nada que pudesse ser ruim para outras pessoas... O jogo evolui até que ela pede para que ele suba e sente no "porta-extintor" da sala, o que seri impossível pois não espaço para se sentar. Durante essas tentativas, onde ela dá pezinho para ele, ela vai contando que um indiano fez greve de fome para alcançar algum objetivo político em nome do povo dele. O jogo termina com ela saindo pela porta e o chamando para sair de maneira sedutora.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

notícia de jornal - Eva e Frank - PV de Frank

Franklin está preocupado com os botões da camisa. Eva entra perguntando por um pedaço de jornal, uma notícia que ela recortou... Franklin não viu. Eva pergunta se está ficando doida. Parece um pouco descontrolada. Franklin vai tocá-la, mas Eva solta uns gritinhos, dá uns pulinhos e vai embora. Fico achando que a nomeação para o novo cargo possa ter aflorado uma certa frigidez em Eva.

notícia de jornal - Franklin e Moira - franklin´s PV.

Franklin pela janela vê Moira no jardim da casa ao lado. Sai de casa e vai cumprimentá-la. Passam a conversar, um de cada lado da cerca que divide os terrenos. Franklin puxa um assunto, o câncer de Gianechinni, o tratamento adequado, o tratamento que a mídia dá ao assunto... Moira se preocupa, acha que pode ter câncer tb, devido a uma tosse. Franklin a tranquiliza.

VP usado: duração.


Discurso verbal Franklin



Neste dia não ouvi o despertador. Acordei de susto, de estômago embrulhado, de pesadelo talvez...
Não tomei café, os meninos já estavam prontos, estávamos atrasados, eu estava atrasado... eu que levo eles pra escola... entramos na escola e eu não reparei a ausência do moço da portaria... a escola estava silenciosa, um silêncio... aí vimos o primeiro corpo, e outro, e outro... as crianças mortas, umas agonizando... e o que antes me parecia silêncio tornou-se uma sinfonia funesta de choro de criança, choro de criança morta, choro de pai de criança morta, sirene de carro de polícia, a voz esganiçada da repórter e minha esposa a urrar de dor...
Célia chorava e gritava muito, e Kevin parecia não estar ali... estava como que absorto, a olhar o vazio...
Peguei os dois no colo e levei pra casa... Eles acabaram dormindo de tanto choro e dor e terror.
Liguei a tv pra ver as notícias do massacre... Eva demorou muito pra vir pra casa, e eu acabei adormecendo tb. É tudo que eu me lembro deste dia. E tudo o que eu quero esquecer.

VP: Gesto

Composição a partir de recorte de jornal- Célia e Kevin

Kevin no chão, Célia chega e fica olhando pra ele, risonha. Ele faz cara de quem não entende e ri também. Ela anda muito pelo ambiente, o tempo todo se aproximando e se afastando. Ele pergunta "o que foi?", ela diz um nome russo complicado, mal ela mesmo consegue pronunciar. Ele zomba do nome russo fingindo ter entendido a palavra "orkut" no meio. Ela continua tentando pronunciar o nome e diz que nem mesmo o jornal sabe escrever direito, pois na mesma matéria o nome apareceu escrito de várias formas diferentes. Kevin balança seu corpo, brinca com suas pernas e braços no chão o tempo todo, enquanto Célia continua se afastando e se aproximando, andando de um lado para outro da sala.
Não me lembro de mais nada...

Composição a partir de recorte de jornal- Kevin e Eva

Kevin entra e vê sua mãe sentada no chão. Faz charme na porta, tímido, apaga a luz sem querer. Fica mais tímido. Ri com a mãe. Se senta no chão também e pergunta pra mãe o que é molécula. Ela tenta explicar e pergunta onde ele viu essa palavra. Ele diz "eu li", ela repete a pergunta, ele diz "por aí". Ela pede pra ele falar mais sobre o assunto, ele começa a explicar dos poluentes que estão por toda parte e que entram pelo nosso nariz e "vão entrando, entrando, entrando" até chegarem nos pulmões e virarem doença. Outros poluentes diferentes daquele também entram pelo nariz, vão "entrando, entrando, entrando" por um caminho diferente e chegam também nos pulmões gerando outras doenças. Eva pergunta "que poluentes?", ele responde que nas próprias caixas da mudança existem vários, nas folhas que se quebram em pedaços bem pequenos, no mofo das roupas dentro das caixas, na poeira da viagem. Eva pergunta se nela também tem poluentes, ele responde que sim. Ela pede pra ele dar um abraço nela pra tirar, ele diz que não, tímido. Ela insiste mais e mais, ele diz "você tá chata, mãe!" e sai chamando por Célia.