durante a
temporada de sinfonia sonho no teatro glaucio gill, o diretor e dramaturgo
diogo liberano ministrará uma oficina a partir do processo de criação do espetáculo.
a oficina negociação invisível é saldo de três anos de pesquisa continuada e
visa transitar entre três domínios sensíveis da criação teatral: dramaturgia,
atuação e recepção.
está oficina é uma aposta. uma tentativa. negociação
porque descobrimos, no correr de nossas criações, que há uma série de relações
que estão implícitas dentro da própria obra. relações entre atores, entre ator
e texto, entre ator e o espaço, entre o ator e aquele que o vê. invisível não
porque não exista, mas porque só deve ser vista e movida por engenheiros do
sensível, tais como atores, dramaturgos, diretores e criadores em geral.
negociação invisível, pois nos parece que aquilo que se almeja expressar em
cena nem sempre tem a ver com a linguagem da expressão teatral. por vezes – descobrimos isso quando em plena criação –
o que interessa endereçar ao público é certa experiência sensível pela qual ele
possa se rever e atualizar. a linguagem, a engrenagem, a tecnologia desta máquina
expressiva – o teatro – nem
sempre precisa aparecer.
sobre o
processo de criação de sinfonia sonho, afirma o diretor: outra aposta em
relação ao trabalho com os atores foi a criação e solidificação de uma relação
entre eles que funcionasse por meio de mecanismos, jogos e códigos que fossem
claros entre eles, mas que para nós, espectadores, pudessem ser invisíveis. o
espaço cênico como campo de expressão dramática, possibilitada por um intenso
processo de negociação invisível entre os criadores em jogo.
negociação invisível
oficina do teatro inominável ministrada pelo diretor e
dramaturgo diogo liberano, com participação dos atores que integram a companhia
e o elenco do espetáculo: adassa martins, andrêas gatto, caroline helena,
dominique arantes, gunnar borges, laura nielsen, marcéli torquato, márcio
machado, natássia vello, rodrigo vrech e virgínia maria.
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