CAPÍTULO I - AS MÁQUINAS DESEJANTES
I.2. O CORPO SEM ÓRGÃOS
I.2.2. PRODUÇÃO DESEJANTE E PRODUÇÃO SOCIAL: COMO A ANTIPRODUÇÃO SE APROPRIA DAS FORÇAS PRODUTIVAS.
As formas de produção social implicam também uma parada improdutiva inengendrada, um elemento de antiprodução acoplado ao processo, um corpo pleno determinado que pode ser o capital.
O capital não é o produto do trabalho, mas aparece como seu pressuposto natural ou divino. O capital é o corpo sem órgãos do ser capitalista, por produzir a mais-valia, da mesma forma que o corpo sem órgãos se reproduz a si próprio. É no capital que se engancham as máquinas e os agentes, fazendo tudo parecer produzido por ele sendo ele - o capital - enquanto quase-causa.
O específico do capitalista é o papel do dinheiro e o uso do capital como corpo pleno para formar superfície de inscrição ou registro, pertencente às sociedades como constante da reprodução social.
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Diogo Liberano