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domingo, 9 de outubro de 2011

sobre PONTOS DE VISTA [ viewpoints ]

gatônitos,

as próximas postagens serão traduções diretas do livrvo THE VIEWPOINTS BOOK – A Pratical Guide to Viewpoints and Composition, de Anne Bogart e Tina Landau. a partir destas leituras, creio que vocês terão contato – superficial – com a coisa. mas é o start para o trabalho em sala de ensaio.

no entanto, cabe pontuar algumas coisas sobre o uso desta ferramenta em nosso processo: como o próprio nome diz, Pontos de Vista (ou Viewpoints), nada mais são do que maneiras de se olhar para um dado objeto, corpo ou situação. ou seja, eu posso decidir olhar para a leitura que fazemos das cenas e, mesmo sem ter pedido a vocês, decidir olhá-los pelo filtro da REPETIÇÃO (que é um dos PV). assim, ao tomar consciência de que devo jogar com resposta kinestética, por exemplo, eu não tenho como privar meu corpo, talvez, de construir formas, gestos, andamentos, relações espaciais, arquiteturas e outros PV variados.

a questão do PONTO DE VISTA está no olhar (e na consciência do olhar). eu posso ver um determinado PV em qualquer situação, basta querer vê-lo. para o ator em cena, ou em jogo, é possível desdobrar ações dentro de um campo específico (mas mesmo que ele se dedique apenas a jogar com FORMA, isso não me impedirá – como espectador – de ver gesto, resposta kinestética, duração, andamento, repetição… e por ai vai).

portanto, não se exijam este jogo da maneira errada. é apenas uma forma de ver. e quanto mais conseguirmos trabalhar nosso corpo para que ele comporte leituras possíveis, melhor para a nossa dramaturgia cênica.

de acordo com Borgart e Landau, os PV se dividem em duas categorias: TEMPO e ESPAÇO. confiram nas próximas postagens.

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