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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Kevin e Eva-Composição do jornal na perspectiva de Eva.
EVA e Frank: Composição a partir do jornal
Resposta Kinestética
Segunda composição a partir de recorte de jornal - Moira e Corley
Agora, enquanto escrevo sobre a improvisação, pensei que a Moira poderia se impor algum sacrifício até que seu filho voltasse. Uma espécie de promessa. O que poderia ser? Possibilidades: Não comer chocolate. Não fazer sexo. Não descer do telhado da casa.
Composição a partir de recorte de jornal - Encontro de Franklin e Moira
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
discurso verbal Moira
Era domingo. Dia de passar com a família. Fazia uma semana que meu filho tinha partido. Dia estranho. Dia que não queria passar. Dia perdido. Suspenso. Dia que não importava. Só o ontem e o amanhã. Queria a vida anterior. O dia normal. Alegre. Vivo. Queria o dia seguinte. A volta do meu filho. Queria um sinal. Desejo nenhum pelo presente. Dia longo. Interminável.
Acordei às 7 e 47 da manhã. Tentei acordar Corley. Em vão. Fui até a varanda, que era da onde eu podia ver o céu. Todos os dias eu fazia isso. Resolvi fazer algo diferente neste domingo: subir no telhado. E lá fiquei. Depois de horas ouvi os gritos de Corley. Primeiro gritava: “Moira!” depois “Thomas!”. Estava frio, mas eu gostava de sentir o vento batendo nos meus braços. Eu não conseguia sair dali. Alguma coisa me paralisava. Eu queria voar. E queria entender o que estava acontecendo. Entender de verdade.
Discurso Verbal-Kevin
Em casa, tudo estava diferente. O dia inteiro ficou escuro e eu passei a tarde olhando aquele céu. Lindo! Ninguém se falava em casa. Ninguém se movia. O jantar não foi servido. Dormi às 7:00, pesadamente.
domingo, 28 de agosto de 2011
Discurso Verbal Corley
Corley, composição 4
discurso verbal CELIA
Eva-Discurso verbal
6:30 chego na escola, digo bom dia a quem passa, vou para a cantina e tomo café com a vice-diretora.
Manhã corrida, almoço, Frank deixa com Célia o meu porta óculos que eu tinha esquecido em casa. O dia está lindo. Céu azul de inverno. Eu adoro céu azul de inverno.
Eu não escutei o primeiro tiro, nem o segundo, terceiro, quarto, quinto. Saindo do almoxerifado, vi o rastro de sangue. Pensei: Nossa, eles realmente gostam de Halloween por aqui.
De um segundo para o outro mais sangue, sangue, gritos, castelos sendo construídos, castelos sendo destruídos. Meus olhos encaram Kelly, menina doce mas dormia em sala de aula por que tinha rinite alérgica e por isso tomava muito anti- histamínico.
Os olhos dela se fecharam pela última vez, minha inocência acabou alí.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
7 \\
25/08, Colégio Andrews, 20h/22h
Andrêas, Dan, Adassa, Márcio, Laura, Virgínia, Diogo e Thaís
ANDAMENTO.
andamento pessoal
andamento equalizado
andamento da música
jogo entre estes andamentos
PROPORÇÃO.
5 andando no andamento da música:1 parado(a)
como negociar em invisível?
5 andando no andamento da música: 1 parado(a) + 1 fora do andamento da música
COMPOSIÇÕES.
KNOW HOW
EVA (discurso verbal) + MOIRA (discurso físico)
eu lembro do som do sucrilhos, do cheiro do cabelo do kevin, do toque aveludado do tapa olho da célia + moira andando pra frente olhando para cima
seis e meio chego à escola e toma café com a vice na cantina, o dia tava lindo + moira girando ao redor de si e cai deitada no chão
eu não escutei o primeiro tiro, nem o segundo, sangue, nossa, eles realmente gostam de halloween por aqui, kelly (e os olhos) e a minha inocência se acabou ali + mãos que batem no chão
KEVIN (discurso verbal) + EVA (discurso físico)
acordei as duas e quarenta da manhã, na verdade não pensava, adormeci e acordei as seis novamente, a casa estava escura e em silêncio + rasga folha
deixei a agua cair sobre meu corpo por muito tempo, as oite e meia o café sobre a mesa, as nove e vinte o pai me levou na escola + rasgos
ouvi os tiros, a professora se sentiu sem ar, o professor de educação física chegou, vi muito sangue + rasgar em pedaços menores
lá fora minha mãe me aguardou com violência, em casa tudo esteve diferente, o dia inteiro escuro o jantar não foi servido, dormi as sete da noite, pesadamente + olha os pedaços sobre o chão
MOIRA (discurso verbal) + KEVIN (discurso físico)
era domingo, dia de passar junto com a família, fazia uma semana que meu filho tinha partido + deitado no chão, se senta, se deita, se ergue, bebe o café
desejo nenhum pelo presente, um dia suspenso que não passava + abre as janelas
acordei as sete e quarenta e sete, tentei acordar o corley, fui á varanda, subi no telhado + retorna, abaixa, olha, se ergue
frio, vento, queria voar, corley gritava moira, gritava tomas! + se vira, cambaleia, abre e olha
GOZO
CÉLIA (discurso verbal) + FRANKLIN (discurso físico)
segundo dia de aula e eu conheci o homem mais lindo do mundo, os planetas e o sol, pai frank buscou eu e kevin com rock no carro kevin se fala de se ver ausente de si + deitado, dormindo, acordando, levantado, girando, andando, andando, se erguendo
depois escovei os dentes, tudo bem, depois não falamos nada + quedas, movimentos de arrastar, levar, voar, correr, girar e mãos na cabeça
CORLEY (discurso verbal) + CÉLIA (discurso físico)
sábado, acordado, eu saí pra ver se a célia tava brincando no quintal, só okevin tava girando + virou, dedo no céu, olha o céu
ai eu entrei fiz alguma coisa de origami e deixei em cima da mesa de moira + batidas nas pernas
eu e moira fizemos amor, foi muito bom, acordei na hora da janta + se desloca, até o canto, cabeça baixa, inconstante
e descobrimos que o tomas foi encontrado morto no balão que a gente tinha brincado com ele na última semana, não lembro o resto
FRANKLIN (discurso verbal) + CORLEY (discurso físico)
ontem eu acordei com meu sonho, ao invés do despertador, um pouco atrasado, não comi nada, fui levá-los pra escola como todos os dias + ajoelhado, vai se erguendo, via coluna, como um dinossauro, falta ar e respira fundo
quando eu tava voltando ouvi disparo, barulhos, de tiro, peguei eles pelo braço porque eu vi umas crianças mortas e umas agonizando sofrendo chorando gritando muito + esvaziar e se arrastar, com a cabeça escondida no braço
voltei pra casa, correndo, não consegui falar com a minha mulher parece que ela teve que dar depoimentos, eu não consegui dormir naquele dia, não consegui me acalmar tão tensa eram crianças mortas sangrando pelo chão + gira e se senta, ajoelhado, se ergue gira e pára
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Virginia- Como virar música
- A música não é uma linguagem normal. A música não é capaz de significar da mesma forma que as línguas comuns. Ela não é um discurso verbal, nem uma língua, nem uma linguagem no sentido da linguística (ou seja uma dupla articulação signo/significado), mas sim uma linguagem peculiar, cujos modos de articulação signo musical/significado musical vêm sendo estudados pela Semiótica da Música.
- A música não é ruído. O ruído pode ser um componente da música, assim como também é um componente (essencial) do som. Embora a Arte dos ruídos teorizasse a introdução dos sons da vida cotidiana na criação musical, o termo "ruído" também pode ser compreendido como desordem. E a música é uma organização, uma composição, uma construção ou recorte deliberado (se considerarmos os elementos componentes do som musical). A oposição que normalmente se faz entre estas duas palavras pode conduzir à confusão e para evitá-la é preciso se referir sempre à ideia de organização. Quando Varèse e Schaeffer utilizam ruídos de tráfego na música concreta ou algumas bandas de Rock industrial, como o Einstürzende Neubauten, utilizam sons de máquinas, devemos entender que o "ruído" selecionado, recortado da realidade e reorganizado se torna música pela intenção do artista.
- A música não é totalizante. Ela não tem o mesmo sentido para todos que a ouvem. Cada indivíduo usa a sua própria emotividade, sua imaginação, suas lembranças e suas raízes culturais para dar a ela um sentido que lhe pareça apropriado. Podemos afirmar que certos aspectos da música têm efeitos semelhantes em populações muito diferentes (por exemplo, a aceleração do ritmo pode ser interpretada frequentemente como manifestação de alegria), mas todos os detalhes, todas as sutilezas de uma obra ou de uma improvisação não são sempre interpretadas ou sentidas de maneira semelhante por pessoas de classes sociais ou de culturas diferentes.
- A música não é sua representação gráfica. Uma partitura é um meio eficiente de representar a maneira esperada da execução de uma composição, mas ela só se torna música quando executada, ouvida ou percebida. A partitura pode ter méritos gráficos ou estéticos independentes da execução, mas não é, por si só, música.
- Um dos poucos consensos é que ela consiste em uma combinação de sons e de silêncios, numa sequência simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem ao longo do tempo.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Composição 4 - Moira - "Zelda e Kevin? São esses os nomes dos dois anjinhos?"
Composição 3 - Moira - "Corley, é chegada a hora: quero ficar grávida."
Corley, composição 3
Para essa composição houve uma mudança de estímulo que mudou minha abordagem sobre as postagens. Foi pedido que eu fosse mais concreto e menos "expressivo". Então resolvi me ater mais ao tema e usar a postagem de acordo com o que fosse mais interessante para o tema. Outro fato que modificou minha forma de criar a composição foi que compreendi melhor a questão da crise do casamento dos dois (Corley e Moira). Estava pesquisando um possível "esfriamento" da relação...desencontros, rancores, sei lá! Algo comum que faria um casal entrar em crise...mas depois de uma das conversas de final de ensaio percebi que dizia mais respeito ao filho q se perdeu...bom!
TEMA: "Moira, tenho um presentinho pra você!"
Posiciono a mesa grande no meio do espaço cênico, coloco a cadeira de marrom atrás da mesa de costas para o público. Levo meu figurino e objetos que serão utilizados para a mesa. Figurino: terno, camisa quadriculada, cueca samba-canção, cinto marrom, cinto preto para ser utilizado como gravata. Objetos: saco plástico para depositar a roupa do corpo, bolsa de papelão com vestido de noiva dentro, cavaquinho.
Subo a mesa, digo o tema e começo a tirar a roupa que visto. Visto o figurino que trouxe a mesa, a roupa que não utilizo mais coloco num saco e jogo ao chão atrás da mesa. O último item do figurino é o cinto-gravata.
Me sento a mesa, pego o cavaquinho, ajeito o cinto-gravata para trás e toco introdução de uma música de casamento que não sei bem ao certo o nome (tirei a música). Toco primeiro na corda mais grave depois na mais aguda, nunca consigo terminar ou tocar direito até o fim.
Agora levanto e busco o presente de Moira e coloco ao chão, a frente da mesa e peço que Moira pegue. Assim que Moira retira da bolsa começo a tocar introdução da marcha nupcial, que Tb não consigo tocar direito ou terminar nunca. Enquanto isso Moira tenta colocar o vestido de todas as maneiras e com euforia.
O que programei foi que ela olhasse e fosse vestir fora do espaço cênico, mas preferi não combinar e jogar com a reação dela. Durante esse jogo toda vez que não conseguia terminar de tocara a música, eu tocava a corda mais grave em batidas fúnebres. Em princípio elas começariam assim que Moira resolvesse colocar o vestido fora de cena, mas essas batidas entraram e se repetiram junco a marcha nupcial de acordo com que improvisei ao ver Moira tentando enfiar o vestido em si.
Permanecemos nesse jogo e quando vi que ele se repetia demais encerrei a cena com agradecimento.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
6 \\
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Kevin- Composição 4: Quando eu decidi virar música, as coisas lá em casa meio que deram problema.
Kevin- Composição 3: Preciso Virar Música?!
domingo, 21 de agosto de 2011
FRANKLIN 04
FRANKLIN 03
sábado, 20 de agosto de 2011
on bus_01
cenas partidas
princípio ao invés de início
fim indo junto contigo
tudo aquilo que não posso
todo o não-podido
dança trepidante
a nossa forma não tolera todo e qualquer lugar corrente
Percebam: nosso encontro é inédito
Nossa criação é por isso
TORRENTE.
Eva- Composição 4
Tema - "Demorou, mas chegou. Hoje eu fui elogiadíssima na reunião de departamento"
Inspiração(trechos de postagens dos meses de outrubro, novembro e dezembro de 2008):
as roupas no varal
e eu construindo um novo amor
Sábado
cigarro sujando o corredor
o quarto semi-arrumado
o peito semi-lavado
preciso pôr o cobertor
no sol
preciso de um varal que sustente
toda a sujeira que se esvái
pela água
que ainda é capaz
de limpar-me
todo.
Hoje dançei como nunca
cantei como sempre
mas não fiquei assim
impaciente
estou calmo
manso
pensativo
e mais crente
...
Quanto de novo pode em mim haver? Não saberia dizer .
...
Eu estou morrendo. Você sente?
...
Se fecho os olhos sobre o chão da sala eu posso desenhar.
...
tudo em mim fica passível
de não ser o que digo
de parecer precipício
quando
dentro
é caminho
...
Uma voz suave repete a construção
um menino se perdeu e está de pé
pés firmes no lábio inferior
mãos sedentas no de cima
olhando para fora
dessa caverna toda minha
e tudo então dela parte
tudo ou pode ser grito
silêncio gemido
ou disparate
...
sempre dentro
sempre revolto
sempre preciso no desalinho de suas ondas
e contornos
e curvas
Eva chega em sua nova casa. Tudo ainda por fazer. Senta, chama Frank que não responde. Fica um tempo sentada, depois resolve colocar 'I feel good'na voz de Nina Simone. Dança, grita, chora, exausta a confusão que é a sua vida. Me pergunto: Qual será o limite dessa mulher?
Eva - Composiçã0 3
Duas postagens se mostraram são fortes para mim que fui 'forçada' partir a composição em dois momentos:
Momento 1.
Com a ajuda do Dan, li aleatoriamente todas as frases da postagem 'Putrefação' de setembro de 2008 . Queria experimentar as frases em uma outra ordem e ver onde isso nos levaria. Com isso, começo a botar em prática meu plano suicida. Quero cada vez mais colocar Eva ao sabor do acaso, vê-la fazer e falar coisas que eu nunca a imaginaria fazendo. E foi assim que aconteceu aqui, tenho o audio gravado.
Momento 2.
Ainda com a juda do Dan, Eva e Frank leem a postagem 'O, vamos conversar...' de agosto de 2008. O tom da conversa é agressivo. Ao final do texto, Eva agradece a participação de Frank carinhosamente e, incluindo os espectadores da composição, os tranforma em alunos de uma aula de harmonização familiar, onde quele er um exemplo de como não tratar seus companheiro/a em futuros relacionamentos amorosos.
No ansaio anterior, Diogo comentou que não gostaria que Eva e Frank estivessem em crise, que os problemas daquele casal pertenciam a uma outra ordem. Não resisti a provocação. Gosto de composições com reviravolta.