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terça-feira, 21 de junho de 2011

metodologia do drama

que nome pomposo. mas a coisa em si é simples. ou pelo menos eu consigo entendê-la. a questão agora é desbravar e tornar possível. a minha última aposta para a criação dramatúrgica é ambígua. porque é última no sentido de ter sido a última que me veio à cabeça. e última porque não quero que seja outra. o tempo corre – sim –, mas isso não me obriga a reconhecer importância naquilo que não tem.

porque no caso: tem importância. acredito no que estou esboçando como trabalho para criação da dramaturgia. vamos discorrer sobre porque é nesse exercício que a azia se converte em possibilidade. em tentativa posta em tentação. (hoje eu tô chato com as palavras).

uma sinopse me veio faz alguns dias. já contei aos atores (presentes no último encontro) e aos amigos. contei à eleonora. contei à thaís. contei a mim mesmo e ainda – confesso – não sentei para desenvolver a tal sinopse.

não é o caso agora.

quero dizer: tenho uma sinopse. nesta, uma situação simples é dada. nesta, desbravo seis personagens (um para cada ator) e tais personagens possuem uma série de características que lhes dão uma persona, digamos assim.

beleza. sinopse. personagens. contornos precisos mas não fechados. contornos dados, diretrizes, caminhos a serem erguidos e preenchidos. ou seja: falta tudo. ou – quase – tudo.

encontro então aparentemente perdido neste processo o blog suporte dramatúrgico. o meu blog pessoal lendo árvores e escrevendo filhos. deste, cada ator aos poucos vai acumulando um número cada vez mais de postagens (sorteadas aleatoriamente). assim, acredito eu, em algumas semanas, cada ator terá um universo de textos, situações, cenas, poemas, vídeos, fotos, em resumo: um arsenal de referências das quais – eu desejo – criarão a essência de sua personagem até então fixa num contorno apenas.

ou seja, o blog servirá para que dele os atores tirem questões, relatos, opiniões, discursos, palavras, sonhos, mentiras, depoimentos, desejos, vontades, corpo, rima, memória, traumas, acontecimentos… para compor a sua personagem (que a princípio encontra-se esvaziada).

em seguida, todo esse preenchimento que os atores darão aos personagens, entrarão em ação. serão testados em cenas e postos em jogos, em criação, em situações pré-estabelecidas por mim e que serão justamente experienciadas pelos atores a fim do desbravar dramatúrgico da cena e da própria dramaturgia.

bom, talvez esse texto não tenha deixado nada claro. para mim basta. em seguida eu vou clareando e tornando a coisa toda mais possível.

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