\\ PESQUISE NO BLOG

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

6 \\

23 de agosto, Colégio Andrews, 19h/22h
Diogo, Thaís, Márcio, Adassa, Virgínia, Andrêas, Laura, Dan e Isadhora

Apresentação de seminários a partir do tema: COMO VIRAR MÚSICA.

Foi criada uma unidade, UPP - UNIDADE PRÓ-POSSIBILIDADE (de 0 a 9) que indicaria o grau de possibilidade das hipóteses apresentadas pelos palestrantes. Ao término de cada palestra, cada um dos presentes escrevia no papel a UPP do palestrante. Esta Unidade indicaria se a proposta apresentada teria um maior ou menor grau de efetivação prática.

Seguem anotações realizadas durante a apresentação de cada um dos palestrantes:

19h32/19h39 > LAURA NIELSEN
Virar música é o primeiro orgasmo de Kevin, primeira experiência muita intensa onde ele conseguiria um prazer intenso, máximo. Virar música: algo extraordinário, numa intensidade muito grande. Descoberta da sexualidade;
Virar música seria morrer, morte, outra dimensão, outro mundo;
Virar música é escapar da realidade do cotidiano. O que provocaria esse surto (poderia ser uma droga, algo de ordem externa, um trauma que emocionalmente transtorna a pessoa e a leva) poderia ser algo capaz de tirá-lo de tirar de uma realidade e lançá-la em outra. Alucinação. Mundo criado. Outro mundo;
Virar música seria algo como, inspirado por Tomas, ter liberdade. Ele então entraria dentro de um balão e voaria. Na cabeça de Kevin, seria se libertar e voar.
A opção defendida não é nenhuma das outras. Virar música, para Laura, diz respeito a se transformar num artista e se sentir capaz de criar uma obra de arte, tendo um prazer imenso nessa criação.
A ideia é que ele é um personagem muito apaixonado pela música. A coisa que mais atrai ele seria a música, a coisa que mais atinge a sensibilidade dele. Ao realmente conseguir fazer música ele consegue se sentir tão identificado com a obra que ele cria, que por isso mesmo ele diz que tá virando música, sua própria obra.
É como se construísse algo que parte do íntimo, mas que se confunde com o objeto artístico. Pensou-se que ele poderia a todo instante tentar tirar algum som de algum instrumento. E, após ter conseguido, ficar maravilhado com isso.
Ele pode ser um menino que tem muita dificuldade de comunicação e como ele entende que a música é algo que comunica muito diretamente, ele perceber querer virar música para poder se comunicar. Querer trocar. A música seria a linguagem que ele acredita ser a mais potente.

19h43/19h57 > ADASSA MARTINS
Como ou o que é virar música a partir de um processo lógico?
Lógica dialética, que transita entre a tese e a antítese, entre sua afirmação e sua negação.
A primeira coisa são as duas definições: 1) música humana que tem a ver com microcosmo; 2) música mundana que tem a ver com macrocosmo. O que será defendido diz respeito ao trânsito entre o homem e o mundo, entre o micro e o macro.
A música é criada pelo homem e vai para o mundo. Ela vai para o externo.
DEFINIÇÃO DA PALAVRA “MÚSICA” = combinação de som + silêncio – assim como a FALA (que também uma combinação de som e silêncio).
A origem da música diz-se ser o primeiro som do universo, o mantra “om”... A origem da fala é no sentido de comunicação. A fala está diretamente ligada ao homem, tendo brotado da necessidade de comunicação entre os homens. FALA é micro. MÚSICA é macro.

PLANOS DE ATUAÇÃO
Música                                                                               Fala
Om                                                                                       Comunicação
Universo                                                                            Homem
Transcendental                                                                              Concreta
Desconhecido, incertezas                                          Conhecido, certezas
Aleatório                                                                           Possibilidades determinadas


MÚSICA ALEATÓRIA, tipo de música vanguardista do século vinte, o resultado final foge do controle compositor.
De acordo com a palestrante, VIRAR MÚSICA é VIRAR SONHO.
Possibilidade que mora entre. O certo e o incerto, entre o impossível e o possível. Momento em que sonhamos possibilidades que não necessariamente são concretas. Como esse sonho se daria quando acordado? SER SONHO É UMA ESFERA DE SINGULARIDADE. NÃO É SONHO NO SENTIDO DE DESEJO, É NO SENTIDO DE VIAGEM. SONHO PRA MIM É UMA LACUNA ENTRE MORTE E VIDA. NO SENTIDO DE QUE MORTE É UMA PASSAGEM EM OUTRA DIMENSÃO. VIDA É O MUNDO CONCRETO. E SONHO, É O MEIO DO CAMINHO. É ESPAÇO DE ALUCINAÇÃO.
Ser sonho é o passo que a pessoa dá ao querer reger a própria vida. A regência não tá ligada a controle de tudo. Reger não é controlar, é se colocar como ser que é criador da sua própria vida.
Ser música é a criação de um sentido de viver próprio. É de certa forma um autismo, uma alucinação permanente, ela usa o material que ela quiser usar e materializa o material que deseja materializar.

20h00/20h09 > MÁRCIO MACHADO
Ler trechos de dois livros do SWAMI MUKTANANDA (SIGNIFICA O ÊXTASE DA LIBERAÇÃO).
esse corpo pequeno é a vastidão do corpo inteiro <
coração = centro do conhecimento
todas as maravilhas que você vê num mundo externo, podem ser encontrado numa proporção muito maior em seu interior

sons divinos, impossíveis descrevê-los
dentro desses espaços interiores, ressoam sons divinos, néctares, nada nesse mundo pode ser comparado a sua doçura
DICIONÁRIO “MÚSICA”
Harmonia, paz, ausência de lutas, violência, perturbações, reestabelecimento de relações, sossego, amizade, transcendental, serenidade, quem experimentaria esse espaço?
Lembrou-se dos grandes santos. Da filosofia oriental, a gente é consciência, é deus, tem tudo isso dentro da gente e esses santos vivem nesse espaço o tempo inteiro. A gente pode chegar lá: estado de graça! A consciência se amplia de uma forma (leitura de um livro, por exemplo... dura pouco tempo, mas a gente toca nesse espaço).
Qual dessas coisas fazem você entrar nesse estado onde você escuta você cria onde você é tudo? O gozo, a morte, a arte, a criação e a tragédia (uma coisa muito trágica!). Uma experiência de quase-morte, algo de ordem muito trágica (presenciar a morte dos coleguinhas) a partir do qual a consciência dele tem que se expandir para que seja possível viver com aquela informação.
Exemplo: compreensão, se ele consegue ver isso tudo e compreender isso tudo. Moira sequestra Célia, matou a Célia e ele ainda conseguir ver aquilo e se colocar num espaço muito além e sentir compaixão pela Moira. COMPLEXIDADE.
Adassa diz: ou entender a morte de outra maneira.

20h10/20h35 > DIOGO LIBERANO

20h40/20h47 > THAÍS BARROS
Eu tentei me policiar e seguir uma lógica. Música é um conjunto de sons e pausas. O que que torna um conjunto de sons uma música? A música precisa ter uma duração? É necessário esse fechamento – isso ser música e isso não ser música? Qualquer coisa pode se tornar música.
Pensei na música como linguagem universal, alcançar várias pessoas de diversas culturas, alcançando todas elas de variadas formas. Pensei também na vontade de ouvir e de ser ouvido. Se a pausa faz parte da música ela pode não ter fim.
O que é preciso fazer pra ser música?
MÚSICA TEM CORPO? Pensei no corpo de uma criança, pensando no corpo de ingenuidade, de ser no espaço de criação sem limites, sem maldade, mas sem pretensão a querer ser e não querer ser. POR QUE SER MÚSICA? E NÃO TORNAR O MUNDO MÚSICA? Pensando que música não se comunica com música. É possível viver sem música?
Música imprime ritmo e esse ritmo pode oscilar. A capacidade da música de ecoar sem ser necessário a sua presença. Querer ecoar na cabeça das pessoas e ter esse poder.
SER MÚSICA NÃO É SER ARTISTA, MAS SIM SE TORNAR A OBRA DE UM ARTISTA. Não significa ser uma música, é ser música nesse sentido. Não seria suficiente, escolher uma música.
Pensando em tudo isso, eu cheguei à conclusão de que QUERER SER MÚSICA É QUERER SER TUDO QUE NÃO SE PODE SER. POR ISSO É PRECISO SE TORNAR. QUERER SER. É TORNAR O IMPOSSÍVEL POSSÍVEL.

20h50/21h13 > ANDRÊAS GATTO
COMO SE TORNAR MÚSICA?
É impossível. Buscar analogias. Virar música tem a ver com algo no sentido de ser bom, de se libertar.
MÚSICA // Qualquer composição musical, arte e ciência de combinar sons de modo agradável, orquestra, execução de qualquer peça musical.
Verbo ser>>> SEMPRE EM CAMINHO RUMO A ALGO. Me interessa estado (Andrêas). Quando eu pensei em virar música eu pensei em meditação. Meditação não como chegada, mas como caminho. Em que lugar há música? Não tem como mensurar a quantidade de locais onde a palavra música pode existir.
Pensar música como libertação.
OSHO – meditação ativa.
MÚSICA E MEDITAÇÃO (reflexão, processos mentais, que se opõem à contemplação). Estamos fazendo teatro: edifício, arte de representar, coleção das obras dramáticas de um autor, época, nação...
MÚSICA
SER
MEDITAÇÃO
TEATRO

Tudo que diz respeito ao concreto. Eu queria que a gente se ausentasse da responsabilidade de dar resposta a essa questão. Da mesma maneira que eu entendo que a meditação é um processo. Finalidade. Não acredito na finalidade. Se fosse pra bancar a finalidade, a nossa finalidade é morrer.
Esse mesmo cara, o OSHO, fala que a iluminação é apenas um expansão da consciência. Não há nada a ser conquistada, já está tudo aqui.
Quando a gente faz teatro, dentro de uma mostra de teatro, a gente faz o mesmo processo de teatro. A gente corrobora com o que tá acontecendo ali politicamente. Quando a gente materializa a música e diz aquilo que ela é, a gente prende ela num mesmo lugar. Quando a gente entende a meditação, fazemos a mesma coisa.
Como a gente faz teatro negando que a gente tá fazendo teatro o tempo inteiro?
RUPTURA. Ponto. SE VOCÊ NÃO PROPÕE NADA, VOCÊ ENGENDRA UMA CRISE. A CRISE É UM PROCESSO. EU NÃO SEI O QUE É VIRAR MÚSICA, EU NÃO SEI SE EU QUERO SABER.
É UMA TENTATIVA PORQUE NÃO É UMA FINALIDADE. EU DISCORDA DA FINALIDADE.
CRISE ENVOLVE TENTATIVA.
A NÃO SER POR ANALOGIA. Música, ser, meditação, teatro.
Música e meditação: o meu insconsciente chega antes.

Negar a ferramente usando a ferramenta.

21h17/21h30 >VIRGÍNIA MARIA
Eu trouxe duas hipóteses.
Não fugir do impossível. Eu tentei uma busca mais metafísica. Para que aos poucos essa ideia vá se clarificando de alguma maneira.
SOBRE A MÚSICA
Música é uma forma de arte que se constitui de uma organização de sons e silência. Prática cultural e humana. Pode ser considerada como uma forma de arte. A criação, a performance, o significado. Música militar. Música terapêutica. Festas. Funerais.
TORNAR-SE MÚSICA
Definir-se música torna-se assim mais complexo. A música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Ao buscá-lo, a música já se modificou, já evoluiu (?). Jogo físico e emocional. Tornar-se música torna-se uma ação de infinitas possibilidades.
Definição negativa / não é um discurso verbal, é uma linguagem peculiar. Semiótica da música. Ruído pode ser um componente da música.
Não tem o mesmo sentido para aqueles que a ouvem. Certos aspectos da música tem efeitos semelhantes em populações muito diferentes. A música não é sua representação gráfica. Uma partitura só se torna música quando executada ouvida ou percebida.
A música consiste numa combinação de sons e silêncio. Simultâneas e sucessivas, as sequências. Ritmo, horizontal, tempo, intensidade. Contorno básico. Ritmo como sons e silêncios que se sucedem.
VIRAR MÚSICA - Rompimento com dinâmicas pré-estabelecidas para podermos, enfim, nos tornar algo melhor do que nós mesmos. Quatro triângulos, choques, que quebram a estrutura estabelecida. E instauram os fluxos. Que abalam a estrutura. Poderíamos chamar esse fluxo de sexo, de arte.
FLUXO: ALGO ASSIM MELHOR DO QUE EU.
SEGUNDA HIPÓTESE: A MÚSICA É FEITA COM O SIGNIFICADO DE QUEM VÊ.
NÃO É KEVIN QUE SE TORNA MÚSICA, MAS SIM SEUS OBSERVADORES.
CONCLUSÃO
Ser música é ser algo melhor do que você mesmo?

21h31/21h45 > DAN MARINS
Certo orientalismo na explicação. Eu vou começar falando do budismo tibetano. Relatos de pessoas que entraram em estados de transe meditativo tão elevados. Pode-se vislumbrar tocar essas dimensões mais invisíveis. Alguns textos falam de seres que alcançaram níveis tão sutis e densos, ao mesmo tempo, que o corpo sucumbiu à experiência e tais seres se descorporializaram.
Seria como se os limites externos sucumbissem aos internos. PRESENÇA QUE SE DIISSOLVE NUM TIPO DE ENERGIA QUE NÃO É MAIS PALPÁVEL, QUE NÃO É MAIS FÍSICA. Nesse sentido, tornar-se música se relaciona ao deixar de existir.
TIBET – lagos, montanhas, campos. O arco-íris compõe essa paisagem. Pode ser que na urbanidade, um arco-íris nem seja percebido.
É possível que essa música seja um estrondo, um trovão original, um som muito violento que é justamente quando algum indivíduo chega nessa estado do dissolver-se enquanto presença física e passar a existir enquanto presença sonora.
Ciência. Provas. Física Quântica: uma partícula se comporta tanto como matéria como em energia. O papel do observador é muitas vezes relevante.
Assassinato de um homem, por cinco homens, na frente dos filhos. Acusado de pedofilia. GRITO DE MORTE.
QUE TIPO DE INVASÃO
VOCÊ TOLERA????????
AS CRIANÇAS ELAS TÃO MAIS PRÓXIMAS DESSAS REALIDADES VISÍVEIS E NÃO-VISÍVEIS. ELAS ESTÃO MAIS PRÓXIMAS DO TORNAR-SE AROMA.
PERFEITAMENTE, EU ACHO QUE KEVIN PODE VISLUMBRAR ESSA TRANSFORMAÇÃO. NÃO ACREDITO QUE SEJA PSICOSE, ALUCINAÇÃO, NADA. É PURA PUREZA INFANTIL.
Debby_prova.

\\