Moira chega em casa. Pela janelinha da porta observa Corley. Quando ele a vê, ela abaixa, num jogo quase infantil. Ela entra, pede que ele se sente e que responda uma pergunta com muita sinceridade: O que ele seria capaz de fazer para conseguir o que quer? Ele seria capaz de morrer por uma causa? Ela conta ao marido que leu no jornal que um tal indiano, que ela não lembra direito o nome, está fazendo greve de fome e não come nada há dez dias. O indiano protesta contra a corrupção de seu país e se diz capaz de morrer pelo povo indiano. Essa idéia transtorna Moira. Para ilustrar a situação da Índia, Moira propõe que Corley faça o papel do tal Indiano, subindo no alto de um armário. Os quadradinhos do chão seriam a multidão que está acampada na porta da casa do ativista indiano, apoiando o seu sacrifício. Moira tenta levantar Corley, mas a idéia não dá muito certo. Terão que imaginar a situação...
Agora, enquanto escrevo sobre a improvisação, pensei que a Moira poderia se impor algum sacrifício até que seu filho voltasse. Uma espécie de promessa. O que poderia ser? Possibilidades: Não comer chocolate. Não fazer sexo. Não descer do telhado da casa.