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domingo, 14 de agosto de 2011

drama 1 \\

estou pensando faz alguns dias sobre como a peça já está ali. mesmo sem estar. sobre como a criação dos atores, de alguma forma ou outra, vai direto aos pontos e revela aquilo que nem eu, dramaturgo, poderia imaginar. uma escavação que traz à luz algo escondido, mas sempre ali dentro, algo surgido por conta de um embate mais continuado com a palavra, com a descrição da personagem e com a sinopse.

estou tramando que talvez seja interessante eu a cada ensaio eu ir acumulando num arquivo a sequência de composições como fossem elas cenas, acontecimentos plenos e possíveis dentro do drama. como se ao registrar as composições eu colocasse para cada uma certo sentido, numa sequência lógica e revista ensaio a ensaio.

por que adaptar à peça à minha sequência inicial se a cada ensaio o que se vê é sempre o diferente disso, é sempre um extravasar, um aprofundar de muitos aspectos? as palavras nos servem para esquecer. sorte a nossa o corpo dos atores estarem ali em jogo.

tenho a sensação de que essa peça é mais grave do que eu achava. é possível rir da gravidade, não é? fico muito confuso com estes pontos de partida e/ou chegada. queria ser meio do caminho, mãe. nem partida, nem chegada. eu aqui pensando sobre kevin ser música. que parada é essa nesse momento?

se hoje eu pudesse dizer um porquê, eu diria, eu quero ser música porque música te invada mesmo se você não quiser ceder.

tem um princípio muito violento nisso tudo. mas ainda não pude percebê-lo. pois então, é seguir.

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